ESGOTADO
Eixo Temático: Educação e Línguas de Sinais
Coordenação: Profa. Dra. Tânya Amara Felipe de Souza, Profa. Dra. Cristiane C. Taveira e Prof. Dr. Alexandre da S. Rosado
Resumo: As áreas de lexicografia e terminologia (BEVILACQUA; FINATTO, 2009) ampliaram seus escopos a partir das pesquisas sobre a Libras que vinham sendo introduzidas no Ensino Superior (Graduação e Pós-Graduação lato e stricto sensu) nas áreas de Letras e Linguística (FELIPE et al, 2005; FELIPE, 2019; FARIA-NASCIMENTO, 2009; LEÔNCIO, 2020, MARTINS, 2020; TUXI, 2016). A partir da aprovação da Lei de Libras (10.436/02) e seu Decreto (5626/05), a Libras passou a ser língua de instrução tanto no Ensino Básico como no Superior. Na Educação Básica, professores surdos e ouvintes que ministram suas disciplinas, ou os intérpretes que fazem a interpretação, passaram a perceber a necessidade de se criar terminologias específicas ou sinais ainda não existentes para itens lexicais e terminológicos que vem sendo utilizados em sala de aula. Ainda, devido ao fato de surdos estarem estudando em áreas específicas, eles, os professores e os intérpretes de Libras, tem sentido a necessidade da criação de sinais terminológicos para seus trabalhos monográficos finais (TAVEIRA e ROSADO, 2018). No entanto, a Libras ainda não foi incluída como disciplina na Base Nacional Comum Curricular - BNCC, mesmo tendo sido decretado que ela deve constar como disciplina. Pensamos que para essa inclusão oficial, será necessária a elaboração de propostas curriculares para ensino de Libras como Primeira Língua – L1 e Segunda Língua – L2, o que implicará também no desenvolvimento de pesquisas lexicográficas para o seu ensino, pesquisas terminológicas para todas as áreas de conhecimento em que a Libras seja a língua de instrução (FELIPE, 2012a; 2012b), artefatos e uma didática apropriada aos seus usos (TAVEIRA, 2014) e também a produção de vídeos que levem em consideração uma gramática visual para sua descrição (roteiro) e criação (produção) em LS (ROSADO e TAVEIRA 2019; 2020). Ressaltamos que essa gramática visual auxiliaria na elaboração de layouts que serviriam de fio condutor às propostas de produção de vídeos em LS, condicionando sua concepção e as estratégias didáticas para a sua aplicação em salas de aula, laboratórios de estudo e bibliotecas. Diante desse contexto, nesse seminário, nosso GP NEPLIBRAS o GP Educação, Mídias e Comunidade Surda se unem para refletir, a partir das pesquisas lexicográficas e terminográficas, da elaboração do material didático para ensino de Libras como L1 e L2 e da produção e análise de vídeos em LS, para articulá-las com uma proposta para ensino de Libras e sua utilização enquanto língua de instrução e elaboração de dicionários e materiais didáticos que deverão ser considerados quando da discussão e planejamento de um novo Plano Nacional de Educação – PNE. O plano até então vigente foi planejado para o período de 2010-2020 e é de extrema necessidade a elaboração de um novo PNE para nortear e incluir essas ações para a Educação Bilíngue de educandos Surdos e as BNCC para o ensino de Libras como L1 e L2.
Palavras-chave: Políticas educacionais. Libras L1 e L2. Gramática visual. Lexicografia. Terminografia.
Principais Referências:
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